08 abril, 2012

Jane Eyre (ING/EUA, 2011).


Já adaptado diversas vezes ao cinema, Jane Eyre, de Charlotte Brontë, considerada uma das maiores obras literárias de todos os tempos, ganha mais uma versão, dessa vez dirigida pelo novato - porém promissor - norte-americano (de origem asiática) Cary Fukunaga. Dono de uma ambientação e clima que imergem o espectador na trama melodramática (com qualidade) e triste originalmente concebida por Brontë, o filme é competente por, apesar do tom arrastado e lento, deixar o espectador ansioso pelo porvir, chave -mestra para todo bom melodrama. Contando com um elenco de estrelas em ascensão, liderados pela jovem Mia Wasikowska (Alice no País das Maravilhas) e pelo hoje queridinho Michael Fassbender (Bastardos Inglórios) - além do sempre competente Jamie Bell (Billy Elliot) e da veterana Judi Dench (Notas Sobre um Escândalo) -, Jane Eyre possui aquele clima das adaptações de obras românticas escritas para e por mulheres, como Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade, de Jane Austen e O Morro dos Ventos Uivantes, da irmã de Charlotte, Emily Brontë, ou seja, traz muito do clima clássico do romance com contornos trágicos.

Apesar de não ser uma obra de grandes surpresas, Jane Eyre soa interessante do começo ao fim, soando mais como uma homenagem a uma grande escritora (nunca li sua obra, que fique bem claro) do que um filme desapegado à ideia original, aspecto este que atribuo ao ritmo lento e ao clima "capitular" mostrado durante toda a projeção, onde quase podemos perceber as viradas de páginas e o cheiro de papel antigo. Um bom filme, mas que não parece ter trazido nada de particularmente novo as demais adaptações de obras do gênero.


AVALIAÇÃO: 6 de 10.

Trailer:


Mais informações:

Jane Eyre

Bilheteria: Box Office Mojo

IMDb - Internet Movie Database:

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